18/11/17

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tocam as campainhas de aviso, as portas do comboio fecham... e a máquina não se move.
um agarradinho anda agitado de um lado para o outro da carruagem, um casal de turistas espanhóis troca umas palavras de susto e dão as mãozinhas para maior conforto, o agarradinho começa a bater na porta e a ameaçar que vai usar o mecanismo de emergência, os espanhóis mostram-se ainda mais assustados, há outro rapaz que se mostra solidário com o agarradinho e grita «é isso amigo», do meu canto pensei que se o sujeito usasse o mecanismo de emergência daria cabo da circulação na linha e eu não sabia quais os circuitos da carris naquela zona na cidade e ainda teria de usar a uber, portanto, fui confirmar como estava a bateria do telemóvel.
eis senão quando, foi-se embora a luz. e fez-se silêncio. e voltou a luz. e finalmente o comboio avançou uma estação. e ouvem-se as seguintes palavras «senhores passageiros, devido a avaria todos têm de sair».
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tendo presente que é a segunda vez em 6 meses que me mandam sair de um comboio por avaria (a outra vez foi às 22.30, as pessoas estavam demasiado cansadas para muitos desabafos públicos) são momentos como este que não motivam uma pessoa a usar o metropolitano.

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