17/02/17

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ia na converseta com uma amiga, passeio fora, eis senão quando olho para dentro de uma pastelaria e vejo uma cara que reconheço. tive a nítida sensação que a cara me viu e que também me reconheceu, afinal foi um conhecimento de algum tempo, interrompido apenas há um ano, graças a um acumular de pequenas coisas extraordinariamente imbecis que corroem as relações com fundações frágeis e desnecessárias teias de enganos. aliás, que corroem qualquer tipo de relação, independentemente da sua natureza. além de eu ter feito uma careta enquanto tentava reconhecer a cara, não esbocei qualquer cumprimento. a cara também não me acenou sequer. desatei a rir e a amiga perguntou-me se me tinha caído alguma gota de água de um ar condicionado na cabeça.
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saltei um batimento cardíaco com o susto do encontro inesperado, mas a gargalhada foi a confirmação da total ausência de saudades.
e seguimos para comprar uns livros, que estas raparigas não perdem as suas listas de prioridades.

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