uma rapariga levanta-se da cadeira (para fazer umas digitalizações, o que agora não vem ao caso) e quando volta, tem uma mosquinha (tereis de me acreditar, a mancha preta é uma mosquinha) a nadar (sim, fez várias piscinas enquanto tirei a fotografia, por isso não consegui focar melhor) na caneca de água, perante o plácido olhar da vaca tonta (bicho que me acompanha há anos, mas não fica menos tonta, nem perde o escarlate do batom).
é isto a minha vida.
2 comentários:
Nao lhe fica bem lamentar se duma carreira trabalho ha quem nem sequer se possa dar a esses luxos
anónimo, sente-se à minha beira, tome um cházinho de cidreira e veja lá com atenção:
- onde está a lamúria sobre o meu trabalho?
- não faço intervalos para tabaco, parece-me que posso tirar uns minutos para observar uma situação tonta, concorda?
- acha que alguém fica remotamente indignado com uma mosca na água?
- aliás, até as pessoas sem carreira podem achar graça a uma mosca a fazer piscinas na água (especialmente se vista atempadamente e não beberem a dita água), penso eu.
- depois de vazar a água (da torneira) e voltar a encher a minha caneca (completamente amortizada), caminhei sobre o chão de linóleo e voltei a produzir a bem de todos nós, num demonstração brutal de luxo.
não faça presunções maldosas, aqui não se fazem lamentos desnecessários (os meus problemas eu resolvo ao vivo) e uma mosca é só uma mosca.
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