estava eu à espera do metro, com a mochila do ginásio às costas e o cabelo ainda molhado (que eu não confio naqueles secadores de cabelo do balneário, só queimam, não secam), eis senão quando se abeira de mim uma senhora com sotaque brasileiro e me pergunta se sou «de cá», perante a minha estranheza, esclareceu-me «com a mochila e com esse ar, parecia turista».
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lá lhe disse a melhor maneira de chegar ao marquês de pombal, sem me atrever a pedir qualquer esclarecimento sobre este meu ar tão pouco lisboeta, apesar de ter passado metade da minha vida nesta cidade.
pensando bem, também acho que tenho um ar pouco micaelense, apesar de lá ter passado a outra metade da vida, pelo que gosto de pensar que tenho o meu próprio ar, sem referências geográficas preconcebidas.
abstive-me de lhe dar todas estas explicações, obviamente.
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